Após dois meses de desaceleração, o Índice Municipal de Preços ao Consumidor (IMPC-Unis) voltou a se intensificar com alta de 1,20% em janeiro comparado com dezembro. Em doze meses a inflação acumulada atingiu 3,58%.
O IMPC-Unis é calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e GEESUL, representando uma medida da inflação geral na cidade. São coletados os preços de 5 grandes grupos de gastos: Alimentação, Habitação, Transporte, Educação e Comunicação, divididos em 11 subgrupos e 44 itens que totalizam 503 preços coletados.
O principal destaque de alta foi o grupo Educação (8,04%), devido principalmente aos reajustes das mensalidades escolares.
O grupo comunicação apresentou alta de 1,96%, chamando a atenção a elevação nos planos básicos de internet (3,06%).
Outro grupo que apresentou aumento foi habitação (1,73%), com destaque para o acréscimo nos preços do gás de cozinha (3,07%) e itens de limpeza geral da residência (1,36%), já os produtos de higiene pessoal tiveram queda de -1,61%.
O transporte apresentou certa estabilidade (0,14%), sendo que o etanol aumentou 0,52% e a gasolina 0,34%, enquanto o diesel diminuiu -0,15%.
A alimentação foi o único grupo com queda (-1,07%). As maiores altas ocorreram com alface (18,67%), feijão carioquinha (10,83%) e batata (10,73%) devido à menor oferta e impactos das chuvas em regiões produtoras. As diminuições de preços mais consideráveis ocorreram com alho (-29,56%), cebola (-24,84%) e banana (-5,54%) em razão de maior disponibilidade, menor demanda e qualidade inferior.
Os dados apurados confirmaram a previsão realizada no relatório anterior de que ocorreria alta no IMPC em virtude, principalmente, da entressafra, questões climáticas e o reajuste das mensalidades escolares. O comportamento inflacionário de Varginha destoou dos dados nacionais divulgados pelo IBGE, visto que o IPCA registrou alta de 0,42%, sendo menor que o ocorrido em dezembro. No entanto, cabe destacar que o resultado em Varginha foi muito próximo de Belo Horizonte, onde o IPCA foi de 1,10%.
Para o próximo mês espera-se alta nos combustíveis devido à recomposição do ICMS que passou a valer a partir de 1º de fevereiro, o que impactará o grupo transporte. Por outro lado, a intensificação da safra de alguns produtos alimentícios pode contribuir para um equilíbrio na dinâmica dos preços e ocasionar uma desaceleração no índice inflacionário de Varginha.