A segunda reunião do Conselho Empresarial do Sul de Minas (CESUL) em 2024 ocorreu no dia 21 de junho e mais uma vez foi aplicada a pesquisa para levantamento da confiança do empresariado. Os resultados apresentaram uma reversão negativa muito grande em relação à última sondagem e também comparando com o mesmo período de 2023. Todos os quesitos analisados tiveram queda no contexto atual; e para o próximo trimestre apenas Contratações e Investimentos ficaram constantes em relação ao levantamento anterior, enquanto todos os demais apresentaram queda.
O índice geral de confiança (calculado pela média entre a percepção atual e futura) atingiu a marca de 99 pontos, uma queda de 6,25 em comparação com a pesquisa anterior e atingindo o nível abaixo de 100 pontos que indica pessimismo. O contexto atual de confiança (referente ao 2° trimestre/2024) teve resultado de 96,33, queda de 7,34 pontos em relação à sondagem passada. A perspectiva futura para o terceiro trimestre de 2024 apresentou índice de 101,67 com declínio de 5,16 pontos comparado com o último levantamento.
Em relação ao contexto atual do 2º trimestre de 2024, quatro quesitos ficaram no campo pessimista, foram eles: Contratações, Investimentos, Inadimplência e Economia Nacional. Somente Vendas e Segmento de Atuação atingiram o nível positivo, porém em patamares abaixo da pesquisa anterior. Esses fatos são preocupantes tendo em vista que o segundo trimestre geralmente tem resultados melhores para contratações e vendas.
No que se refere às perspectivas futuras para o 3º trimestre de 2024, os empresários apresentam otimismo em quatro quesitos: Contratações, Investimentos, Segmento de Atuação e Vendas, os mesmos que foram indicados na última pesquisa, porém em níveis semelhantes ou menores do que a sondagem anterior. Com relação aos quesitos Inadimplência e Economia Nacional os resultados mostram forte pessimismo e expectativas negativas.
Esse resultado apurado junto aos empresários do CESUL pode ser explicado por fatores internos e externos. Dentre os internos destacamos a perspectiva de não cumprimento do arcabouço fiscal pelo governo, os trâmites vagarosos e incertos da reforma tributária, a elevada taxa de juros sem perspectiva de queda neste ano e a tragédia no Rio Grande do Sul. Entre os fatores externos salientam-se a intensificação de conflitos armados em algumas regiões, as incertezas econômicas nos Estados Unidos e a alta mundial do dólar.
Por fim, a expectativa futura ainda no campo positivo mostra que o empresário demonstra certo otimismo para o próximo trimestre. No entanto, os juros elevados e a articulação política do governo federal precisam ser corrigidos para uma melhor previsibilidade do mercado no curto prazo.