Após três meses de queda, o Índice da Cesta Básica de Varginha (ICB-Unis) apresentou elevação de 0,06% no início de outubro em comparação com o mesmo período de setembro. Chamou a atenção as altas no óleo de soja, carne bovina e feijão carioquinha. Já os hortifrutigranjeiros (tomate, batata e banana) tiveram as quedas mais acentuadas. No período de um ano, de outubro de 2023 a outubro de 2024, o índice acumulado do ICB é de -0,32%.
O ICB-Unis é calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis-MG e GEESUL através de uma metodologia adaptada do DIEESE. A pesquisa é realizada nos primeiros dias do mês por meio da coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade.
Na primeira semana de outubro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Varginha era de R$585,15. Este valor representa 44,80% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). O trabalhador da cidade de Varginha, que recebe um salário mínimo mensal, precisa dedicar 91 horas e 10 minutos por mês para adquirir essa cesta de bens alimentícios básicos neste valor.
Entre setembro e outubro, dos 13 produtos pesquisados, seis tiveram alta nos preços médios: Óleo de soja (13,45%), Carne bovina (6,95%), Feijão carioquinha (3,71%), Leite integral (2,91%), Café em pó (2,54%) e Arroz (1,92%).
A previsão realizada no último relatório de que esperávamos uma alta, ainda que mais leve, no valor da cesta básica em Varginha confirmou-se plenamente. Alguns produtos importantes na mesa dos consumidores apresentaram elevações consideráveis como no caso da carne bovina, feijão carioquinha, leite integral e arroz. Por outro lado, a continuidade da intensificação da colheita dos hortifrutigranjeiros tem contribuído decisivamente para o valor da cesta básica manter uma dinâmica mais comportada.
Para o curto prazo, esperamos uma aceleração no índice, tendo em vista que estamos nos aproximando do final da colheita dos hortifrutigranjeiros e fatores climáticos têm atrapalhado bastante o início da preparação das próximas safras, o que pode ocasionar queda na oferta de bens alimentícios.