Quando uma pessoa está realizando um curso superior leva consigo grandes expectativas, tanto pessoais como de familiares e amigos. Essas expectativas tornam-se maiores quando mais de uma pessoa da mesma família está realizando um curso superior. E quando essas pessoas da mesma família estão realizando o mesmo curso? Temos alguns casos no curso de Psicologia do Grupo Unis, em Varginha.
O primeiro caso começou há cerca de 25 anos atrás, quando Érica Resende, hoje psicopedagoga, iniciou o curso de Psicologia na cidade de Santos. Por motivos diversos foi preciso trancar o curso, se graduando anos depois em Pedagogia e se especializando em Psicopedagogia, atividade que exerce nos dias atuais. Em 2017 a filha Aimê traça caminho semelhante e inicia o curso de Psicologia na cidade de Poços de Caldas. E as semelhanças continuam: pouco tempo depois foi preciso trancar em função de transferência no trabalho.
Mas como o que move o mundo são os sonhos, em 2019, Érica reinicia o curso de Psicologia no Unis. Tudo normal, até que, para surpresa da família, no final de 2020, o filho, Arthur, decide cursar Psicologia, iniciando o curso em 2021. Assim, em 2021 tínhamos a mãe, Érica, e o filho, Arthur, cursando Psicologia no Unis. Como a vida é uma caixinha de surpresas, em meados de 2021, como efeito da pandemia, Aimê tem a possibilidade de retornar para Varginha e solicita transferência do curso, juntando-se ao irmão e à mãe no curso de Psicologia. Se no Brasil ter uma graduação ainda é para uma minoria da população, imagina ter três pessoas da mesma família, cursando o mesmo curso.
Há um ditado popular que diz que “um raio não cai duas vezes no mesmo lugar”. Mas não podemos deixar de dizer que esse fato de ter três pessoas da mesma família cursando o mesmo curso superior foi um raio que caiu duas vezes no curso de Psicologia do Unis. Em 2019, também ingressaram no curso do Unis o casal Tina e Wanderson Abreu. O fato de ter um casal estudando junto já é de destaque, mas tornou-se mais interessante quando informaram que a filha mais velha, Nathália, já cursava psicologia em Curitiba, no Paraná. Assim, mais três pessoas da mesma família no curso de Psicologia, agora, mãe, pai e filha, ainda que em duas instituições diferentes.
Para os alunos, trata-se de uma experiência única. Érica considera que “estudar com meus filhos, compartilhar conhecimentos, as dores e delícias da vida acadêmica é indescritível. Sempre me emociono ao vê-los trabalhar em equipe, apresentar as atividades com seriedade e compromisso, escrever textos lindos e profundos, enfim me ensinando mais do que poderia esperar aprender… A Psicopedagogia me ensinou que o conhecimento só é significativo quando vem imerso na emoção, e a Psicologia me prova diariamente que o desejo e a parceria são capazes de maternar, nutrir e embalar as mais incríveis experiências”.
Essa experiência é compartilhada pelos filhos. Segundo Arthur, “ter a oportunidade de cursar a mesma matéria que minha irmã e minha mãe é gratificante demais. Muitos vão pensar que eu entrei para a Psicologia por conta delas (e sinceramente, seguir o exemplo de duas mulheres extraordinárias não seria tão ruim assim), mas estou aqui por curiosidade pra dizer a verdade. Nunca foi o curso que eu sonhei em fazer desde criança, mas o que mais me agradou no momento e continua me surpreendendo. Agora ter a possibilidade de dividir essa experiência com minha mãe e irmã é sensacional”.
Aimê lembra a história da família e os rumos inesperados da vida: “Eu me lembro da minha mãe me falar que eu já fazia Psicologia com 1 ano de idade, acompanhando-a nas aulas… Mas, a gente mal sabia, que 25 anos depois, estaríamos na mesma sala, prestes a nos formarmos juntas, e o melhor, conseguimos mais um integrante e arrastamos meu irmão. Não dá pra traduzir o significado que isso tem em poucas linhas, compartilhar com eles o amor por esse curso e essa profissão, não tem preço. Os caminhos nem sempre são retos e previsíveis, mas pode nos levar para lugares ainda melhores do que imaginávamos, incrível né? O amor pela Psicologia floresceu e viramos a FamíliaPsi”.
Também na família de Tina e Wanderson os sentimentos são singulares. Tina comenta sobre como é estar no curso com o esposo e os momentos familiares: “Já me questionaram como é estudar com meu marido, e digo que foi pra nós um desafio, um grande desafio . E para aumentar nosso desafio, nossa filha que também cursa em Curitiba, entra pra essa dinâmica familiar também com suas impressões e dúvidas que surgem pelo período normal do aprendizado. Nossas reuniões familiares são bem interessantes, pois não é mais possível um simples almoço não terminar com discussões sobre Freud, Skinner ou Jung, ao ponto de despertar interesse nas minhas filhas menores que estão em processo de busca pelo curso que irão fazer um dia”.
Wanderson esclarece que as escolhas pela Psicologia surgiram naturalmente e reforça que hoje assuntos relacionados envolvem toda a família: “Nathália, nossa primogênita, hoje com 22 anos está na reta final da graduação em Psicologia, escolha essa de forma natural da qual acreditamos não ter sido influenciada pelos pais, pois Tina e eu só manifestamos o desejo pela graduação em Psicologia quando Nathália já estava completando dois anos de curso. O que parecia ser apenas uma graduação, vem se revelando experiências incríveis. Disrupção é a palavra que traduz toda esta experiência até aqui. Onde quer que estejamos, a sala de aula se faz presente. Teóricos, abordagens e teorias se misturam o tempo todo em nossos diálogos. Até nossa caçula já tem enredo pra participar das conversas”.