Após cincos meses em que apresentou quedas e estabilidades, o Índice da Cesta Básica de Varginha (ICB-UNIS), calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e GEESUL, voltou a subir neste início do mês de julho em comparação com o mesmo período de junho, alta de 2,05%.
A forte elevação dos hortifrutigranjeiros (batata, banana e tomate) ajuda a explicar esse resultado. Cabe destacar que as maiores diminuições de preços médios ocorreram com o feijão carioquinha, óleo de soja, arroz e carne bovina. No período de um ano, o índice acumula alta de 6,29%. O ICB-Unis é calculado com base em uma metodologia do DIEESE e consiste na coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade.
Neste início de julho, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Varginha é de R$618,99. Este valor corresponde a 50,70% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). O trabalhador da cidade de Varginha, que recebe um salário mínimo mensal, precisa trabalhar 103 horas e 10 minutos por mês para adquirir essa cesta de bens alimentícios básicos.
Confrontando os valores de julho com o mês anterior, foi possível verificar alta em 6 dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Varginha: Batata (62,97%), Banana (17,33%), Tomate (9,26%), Pão francês (3,14%), Açúcar refinado (2,02%) e Manteiga (1,25%). Sete produtos indicaram queda nos preços: Feijão carioquinha (-18,29%), Óleo de soja (-4,28%), Arroz (-3,25%), Carne bovina (-3,15%), Café em pó (-2,28%), Leite integral (-1,42%) e Farinha de trigo (-0,89%).
Os resultados deste mês confirmaram nossas previsões constantes no relatório anterior. A chegada da entressafra e o clima mais frio impactaram fortemente a oferta e os preços dos hortifrutigranjeiros. Por outro lado, a boa safra do feijão e da soja e a taxa de câmbio mais valorizada contribuíram para a diminuição nos valores destes produtos e dos seus derivados. No curto prazo, a dinâmica dos preços continuará dependente do comportamento da safra e do fator climático. Espera-se que ocorra a intensificação da safra de inverno dos hortifrutigranjeiros, o que pode diminuir os seus preços.
Essa alta no valor da cesta após cinco meses de quedas e estabilidades fez com que o comprometimento da renda salarial líquida com a aquisição destes produtos voltasse a ficar acima de 50%; o que exige atenção por parte dos consumidores no controle do seu orçamento familiar.