No início deste mês de setembro, o Índice da Cesta Básica de Varginha (ICB-UNIS), calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e pelo GEESUL, teve queda de -1,16% em comparação com o mesmo período de agosto.
As maiores altas ocorreram com o arroz e a banana, já as quedas mais consideráveis foram com o leite integral, feijão carioquinha, açúcar refinado e carne bovina. Em doze meses, o valor da cesta básica em Varginha acumula alta de 2,53%. O ICB-Unis é calculado mensalmente e usa uma metodologia baseada no DIEESE, consistindo na coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade.
Na primeira semana de setembro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Varginha é de R$597,75. Este valor corresponde a 48,96% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). O trabalhador da cidade de Varginha, que recebe um salário mínimo mensal, precisa trabalhar 99 horas e 38 minutos por mês para adquirir essa cesta de bens alimentícios básicos.
Comparando os valores coletados em setembro com o levantamento de agosto, foi possível verificar alta em 5 dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Varginha: Arroz (7,35%), Banana (6,78%), Manteiga (0,98%), Batata (0,49%) e Tomate (0,17%). Oito produtos indicaram queda nos preços: Leite integral (-7,54%), Feijão carioquinha (-6,75%), Açúcar refinado (-3,88%), Carne bovina (-2,45%), Farinha de trigo (-1,74%), Café em pó (-0,96%), Pão francês (-0,85%) e Óleo de soja (-0,10%).
Como previsto no relatório anterior, não ocorreram grandes alterações no comportamento do valor da cesta básica neste mês. Apenas dois pontos merecem destaque: o valor da carne bovina não se elevou como se previa, tendo em vista que as exportações não cresceram da forma que se imaginava; enquanto que o arroz teve forte alta em razão da menor disponibilidade interna e fatores comerciais externos.
No curto prazo há possibilidade de alguns produtos entrarem no período de entressafra o que pode trazer elevações de preços, porém em patamares não muito altos. Cabe também destacar que o comportamento da demanda externa será fundamental para a dinâmica de preços no mercado interno nos próximos meses deste ano.