O Índice da Cesta Básica de Pouso Alegre (ICB – Faculdade Unis Pouso Alegre) teve queda de -2,67% no início do mês de outubro em relação ao mesmo período de setembro.
As maiores quedas ocorreram com o tomate, feijão carioquinha, leite integral e banana; enquanto que as altas mais expressivas foram com o pão francês, farinha de trigo e arroz. Em um ano, o valor da cesta básica em Pouso Alegre acumula queda de -4,76%. A pesquisa ocorre na primeira semana de cada mês através do levantamento de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados de Pouso Alegre, seguindo uma metodologia adaptada do DIEESE.
Na primeira semana de outubro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Pouso Alegre era de R$601,34, correspondendo a 49,25% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). Dessa forma, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 100 horas e 13 minutos por mês para adquirir essa cesta.
Ao confrontar os resultados de outubro com o mês de setembro foi possível notar que, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Pouso Alegre, cinco tiveram alta nos preços médios: Pão francês (4,41%), Farinha de trigo (3,01%), Arroz (2,78%), Batata (2,36%) e Manteiga (1,77%). Oito produtos tiveram queda nos seus valores médios: Tomate (-14,75%), Feijão carioquinha (-10,92%), Leite integral (-6,42%), Banana (-6,09%), Café em pó (-1,37%), Óleo de soja (-1,35%), Açúcar refinado (-0,95%) e Carne bovina (-0,60%).
Neste relatório ficou evidenciado que fatores climáticos e o comportamento da demanda interna e, especialmente, externa estão sendo os principais influenciadores da dinâmica dos preços dos produtos e do valor da cesta básica. Após muito tempo, o nível de comprometimento do salário mínimo líquido com a aquisição desta cesta de produtos alimentícios básicos está abaixo de 50% na cidade de Pouso Alegre, o que é positivo para as famílias.
No curto prazo, as previsões indicam que os fatores climáticos (intensificação do fenômeno El Niño), o comportamento das safras e a demanda externa continuarão sendo os determinantes principais da dinâmica dos preços. No entanto, espera-se que não ocorram variações abruptas no indicador nos próximos meses.