Pelo quarto mês consecutivo, o Índice da Cesta Básica de Cataguases (ICB-FIC/UNIS) apresentou queda, desta vez de -1,50% no início de setembro em comparação com o mesmo período de agosto.
As maiores elevações ocorreram com o tomate e o arroz, enquanto que os destaques de queda foram batata, pão francês e feijão carioquinha. Em doze meses, o índice acumula queda de -9,66%. A pesquisa é feita na primeira semana de cada mês e tem como base a metodologia adaptada do DIEESE que consiste na coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade.
Na primeira semana de setembro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Cataguases era de R$556,57. Este valor representa 45,58% do salário mínimo líquido (salário mínimo total descontado o INSS). O trabalhador que recebe um salário mínimo precisa trabalhar 92 horas e 46 minutos por mês para adquirir essa cesta de alimentos para o seu sustento.
Entre agosto e setembro, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisados em Cataguases, três tiveram alta nos preços médios: Tomate (16,66%), Arroz (4,10%) e Café em pó (0,36%). Dez produtos apresentaram diminuição: Batata (-29,86%), Pão francês (-7,41%), Feijão carioquinha (-4,78%), Banana (-4,10%), Açúcar refinado (-3,94%), Óleo de soja (-1,32%), Carne bovina (-0,91%), Leite integral (-0,84%), Manteiga (-0,73%) e Farinha de trigo (-0,69%).
Os resultados obtidos neste mês vieram de acordo com a previsão feita no relatório anterior de que não ocorreriam grandes alterações no comportamento do valor da cesta básica em setembro. Duas percepções que merecem ser destacadas: primeiramente, que o valor da carne bovina não se elevou como se previa, tendo em vista que as exportações não cresceram da forma que se imaginava; por outro lado, o arroz apresentou alta acima da expectativa em razão da menor disponibilidade interna e fatores comerciais externos.
No curto prazo há possibilidade de alguns produtos entrarem no período de entressafra o que pode trazer elevações de preços, porém em patamares não muito altos. Cabe também destacar que o comportamento da demanda externa será fundamental para a dinâmica de preços no mercado interno nos próximos meses deste ano.