O Índice da Cesta Básica de São Lourenço (ICB – FUSAL/UNIS) indicou alta de 4,15% neste início do mês de outubro comparado com o mesmo período de setembro. Os produtos que tiveram maiores altas foram batata, banana e carne bovina. Por outro lado, os destaques de queda ficaram com óleo de soja, leite integral e açúcar refinado.
No período de outubro de 2021 a outubro de 2022, a cesta básica em São Lourenço subiu 10,94%. Considerando somente este ano de 2022, de janeiro a outubro, a elevação atinge 12,16%. A pesquisa ocorre por meio do levantamento de preços dos 13 produtos componentes da cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, tendo como base a metodologia adotada pelo DIEESE nas principais capitais do país.
No início de outubro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de São Lourenço é de R$664,02, correspondendo a 59,23% do salário mínimo líquido. O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 120 horas e 32 minutos no mês para adquirir essa cesta de produtos.
Entre setembro e outubro, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em São Lourenço, 5 tiveram alta dos preços médios: Batata (43,30%), Banana (22,72%), Carne bovina (8,64%), Manteiga (3,69%) e Arroz (0,85%). O pão francês mais uma vez teve o seu preço médio inalterado. E sete produtos apresentaram queda em seus valores: Óleo de soja (-18,93%), Leite integral (-15,21%), Açúcar refinado (-11,15%), Feijão carioquinha (-5,62%), Farinha de trigo (-4,21%), Tomate (-3,18%) e Café em pó (-0,85%).
Os resultados apurados em São Lourenço, Pouso Alegre e Varginha foram bastante semelhantes. Conforme previsto, alguns hortifrutigranjeiros tiveram menor produção e apresentaram forte alta em seus preços, juntamente com a carne bovina. Após o pico de alta no valor da cesta básica ter ocorrido em maio, nos meses seguintes as baixas e algumas estabilidades trouxeram um certo alívio ao consumidor.
No entanto, a elevação deste mês de outubro levou ao nível mais alto desta cesta no segundo semestre, fazendo com que o comprometimento do salário mínimo líquido para aquisição destes produtos básicos chegasse a mais de 59%. Conforme previsão constante nos demais relatórios deste mês, no curto prazo acredita-se que o desempenho da produção interna e a dinâmica da demanda, especialmente do exterior, deverão ser os fatores principais a determinar o comportamento dos preços dos itens da cesta básica.