O Índice da Cesta Básica de Três Pontas (ICB – FATEPS/UNIS) teve alta de 1,59% no mês de maio em comparação com abril.
Os produtos com maiores elevações foram a manteiga e a carne bovina. Por outro lado, as quedas mais consideráveis ocorreram com a batata e a farinha de trigo. No período de 12 meses, entre maio de 2022 e de 2023, o valor da cesta básica na cidade subiu 1,95%. A pesquisa em Três Pontas é feita sempre na última semana do mês e consiste na coleta dos preços de 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, utilizando uma metodologia adaptada do DIEESE.
Na última semana do mês de maio, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Três Pontas totalizava R$640,13. Este valor representa 52,43% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). Sendo assim, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisava dedicar 106 horas e 41 minutos por mês para adquirir essa cesta em Três Pontas.
Entre abril e maio, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Três Pontas, três tiveram alta dos preços médios: Manteiga (4,75%), Carne bovina (4,43%) e Arroz (0,47%). Seis produtos tiveram seus preços mantidos sem variação em relação à última pesquisa: leite integral, tomate, pão francês, café em pó, banana e açúcar refinado. Quatro produtos tiveram queda em seus valores: Batata (-3,39%), Farinha de trigo (-1,01%), Feijão carioquinha (-0,85%) e Óleo de soja (-0,18%).
O resultado desta última pesquisa em Três Pontas apresentou um fato interessante: a maioria dos produtos manteve os preços médios inalterados, destacando que essa estabilidade ocorre em valores bem elevados. Porém, mesmo com essa estabilidade na maioria dos itens, a cesta básica apresentou alta pelo segundo mês consecutivo. Além disso, mesmo já considerando o reajuste recente do salário mínimo neste mês de maio, o comprometimento da renda com esses produtos básicos continua elevado, tendo em vista que a cesta representa mais da metade do salário mínimo líquido.
Nos próximos meses a dinâmica dos preços dependerá, especialmente, do comportamento da oferta (períodos de safra e entressafra dos produtos) e da demanda externa.