Pelo segundo mês consecutivo, o Índice da Cesta Básica de São Lourenço (ICB – FUSAL/UNIS) apresentou alta, desta vez de 4,14% no início de fevereiro comparado com o mesmo período de janeiro.
As altas mais consideráveis ocorreram nos preços do feijão carioquinha, banana, leite integral e carne bovina. Já a maior queda foi no valor médio da batata. Considerando o período de um ano, o valor da cesta básica em São Lourenço acumula elevação de 9,73%. A pesquisa é realizada por meio do levantamento de preços dos 13 produtos componentes da cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, tendo como base uma metodologia adaptada do DIEESE.
No início de fevereiro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de São Lourenço é de R$695,12, correspondendo a 57,72% do salário mínimo líquido (salário mínimo total descontado o INSS). O trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa trabalhar 117 horas e 27 minutos no mês para adquirir essa cesta de produtos.
Entre janeiro e fevereiro, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em São Lourenço, sete tiveram alta nos preços médios: Feijão carioquinha (16,09%), Banana (11,27%), Leite integral (8,88%), Carne bovina (8,48%), Arroz (6,45%), Farinha de trigo (4,64%) e Tomate (2,16%). Mais uma vez o pão francês teve o seu preço médio inalterado. E cinco produtos tiveram queda em seus valores: Batata (-16,68%), Café em pó (-2,31%), Açúcar refinado (-2,09%), Óleo de soja (-1,64%) e Manteiga (-0,08%).
De uma forma geral, o resultado da pesquisa em São Lourenço destoou do que foi apurado em Varginha e Pouso Alegre. A intensificação da colheita dos hortifrutigranjeiros e o aumento da oferta de alguns produtos ainda não surtiram os efeitos mais diretos no mercado local, com exceção da batata. Acredita-se que, no curto prazo, essa melhoria na oferta contribua para uma diminuição no valor da cesta básica na cidade.
Cabe destacar uma convergência entre as pesquisas realizadas nas três cidades: a alta no valor da cesta básica em um ano foi maior que a correção do salário mínimo para 2023, que foi de 7,42%. Isso reforça a compreensão de que o orçamento das famílias continua sendo bastante impactado mesmo após o reajuste salarial, visto que mais da metade dessa remuneração é destinada à compra dos bens alimentícios básicos.