O Índice da Cesta Básica de Pouso Alegre (ICB – Faculdade Unis Pouso Alegre) apresentou alta de 2,54% no início de novembro em comparação com o mesmo período do mês de outubro.
Os produtos com altas mais expressivas foram batata, feijão carioquinha e banana; já as maiores quedas ocorreram com tomate e farinha de trigo. Em doze meses o valor da cesta básica em Pouso Alegre acumula queda de -5,66%. A pesquisa ocorre sempre na primeira semana de cada mês por meio do levantamento de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados de Pouso Alegre, seguindo uma metodologia adaptada do DIEESE.
Atualmente, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Pouso Alegre é de R$616,63, correspondendo a 50,50% do salário mínimo líquido (salário mínimo total menos o desconto do INSS). Dessa forma, o trabalhador que recebe um salário mínimo mensal precisa dedicar 102 horas e 46 minutos por mês para adquirir essa cesta.
Comparando os resultados de novembro com outubro nota-se que, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Pouso Alegre, oito tiveram alta nos preços médios: Batata (37,41%), Feijão carioquinha (6,91%), Banana (4,99%), Açúcar refinado (4,40%), Arroz (4,09%), Carne bovina (2,82%), Óleo de soja (1,76%) e Café em pó (0,11%). Cinco produtos tiveram queda nos seus valores médios: Tomate (-4,46%), Farinha de trigo (-3,58%), Manteiga (-1,86%), Leite integral (-1,17%) e Pão francês (-0,97%).
Os resultados deste mês nas cidades pesquisadas pelo Unis demonstraram um comportamento de elevação na cesta básica, exceto em Varginha onde ocorreu estabilidade. Essa nova alta no valor da cesta em Pouso Alegre fez com que o nível de comprometimento do salário mínimo líquido com a sua aquisição ficasse novamente acima de 50%, o que é preocupante em razão de impactar fortemente o orçamento das famílias, principalmente aquelas de baixa renda.
Para o curto prazo, a proximidade da entressafra de alguns produtos, a demanda externa e as questões climáticas (intensificação da influência do fenômeno El Niño) podem provocar alta nos preços dos produtos alimentícios.