O Unis está apoiando a VI Expedição Ambiental do Rio Verde, organizada pelo ambientalista Ronipeterson Landim Costa, que busca observar e registrar anualmente as mudanças do Rio Verde.
Entre as atividades da expedição, o Departamento de Pesquisa do Unis está produzindo um relatório para gerar conhecimento científico sobre a situação atual do Rio Verde.
Em um trabalho que envolve pesquisadores de diferentes áreas como Economia, Direito, Biomedicina e Agronomia, o relatório busca aprofundar questões que podem ameaçar a existência do Rio e impactar diretamente nos municípios banhados por ele.
Na área da Agronomia, durante o mês de julho, pesquisadores, professores e alunos do Unis coletaram amostras do solo às margens de diferentes pontos da extensão do Rio Verde, que passaram por análises físico-químicas nos laboratórios da instituição.
Foram analisadas características do solo como: pH, umidade, textura, coloração, cheiro, matéria orgânica e a presença de microrganismos para termos uma ampla compreensão da qualidade do solo que margeia o Rio Verde por toda sua extensão.
“Compreendendo melhor a qualidade do solo e da água, podemos abordar estratégias de melhorias não somente ambientais, mas econômicas, epidemiológicas e até mesmo cíveis”, comentou a Profa. Hadassa Santos.
Os alunos Matheus Luca Carotta Gabriel, Maisa Martins da Cruz, Thayana Dutra de Andrade e Vitória Cruz Damasceno realizaram as coletas das amostras de solo e a posterior análise com suporte do assistente técnico Jean Roger Guimarães, e compartilharam as suas observações iniciais sobre os resultados encontrados, que ainda serão aprofundados no artigo científico conclusivo.
Imagem macroscópica das colônias obtidas em meio de cultura: após semeadura, as bactérias presentes nos solos foram avaliadas. (A) e (D) microrganismos obtidos nos Pontos 2 (Passa Quatro) e 7 (Varginha), respectivamente, mostrando muita diversidade microbiana. (B) Microrganismos obtidos nos Pontos 10 (Soledade de Minas) e 13 (Três Corações), mostrando pouca diversidade microbiana.
“Através das análises físico-químicas desses solos pode-se perceber que se tratam de solos ácidos de maneira geral. O valor do pH varia conforme o manejo do solo, cultivos sucessivos e adubações. Também foram encontrados altos teores de matéria orgânica, resultados que podem ser atribuídos devido às condições de hidromorfia (excesso de umidade) e quando se tem um ambiente redutor, que dificulta sua decomposição. Esses são fatores importantes a serem considerados para entender a microbiota desses solos a fim de abordarmos estratégias de melhor manejo desses locais”, comentou a Profa. Polyana Placedino Andrade.
As análises e estudos das amostras do solo estão em curso, e serão desenvolvidos de forma completa na confecção de um artigo científico para posterior publicação.