O Índice da Cesta Básica de Varginha (ICB-UNIS), calculado pelo Departamento de Pesquisa do Grupo Unis e pelo GEESUL, indicou elevação pelo quarto mês consecutivo. Neste início de dezembro o valor desta cesta está 2,65% maior que no mesmo período de novembro.
Os produtos com maiores altas neste período foram tomate, feijão carioquinha, arroz e batata. O destaque da queda ficou com o leite integral. Considerando o espaço de um ano (dezembro de 2021 a dezembro de 2022), a cesta básica em Varginha acumula alta de 22,82%. Tomando por base apenas o ano de 2022 (janeiro a dezembro), o acréscimo atinge 13%.
Esta pesquisa ocorre por meio da coleta de preços dos 13 produtos que compõem a cesta básica nacional de alimentos nos principais supermercados da cidade, tendo por fundamento a metodologia adotada pelo DIEESE nas principais capitais do país.
No início de dezembro, o valor médio da cesta básica nacional de alimentos para o sustento de uma pessoa adulta na cidade de Varginha é de R$647,15. Este é o maior valor para essa cesta de produtos neste ano de 2022, correspondendo a 57,73% do salário mínimo líquido. O trabalhador da cidade de Varginha que recebe um salário mínimo mensal necessita trabalhar 117 horas e 28 minutos por mês para adquirir essa cesta de produtos.
Comparando os preços de dezembro com o mês de novembro, é possível verificar que, dos 13 produtos componentes da cesta básica pesquisada em Varginha, sete tiveram alta nos preços médios: Tomate (29,77%), Feijão carioquinha (11,93%), Arroz (7,49%), Batata (6,39%), Óleo de soja (5,04%), Manteiga (0,10%) e Farinha de trigo (0,09%). Um produto manteve os preços médios inalterados: o pão francês. E cinco produtos apresentaram queda nos preços: Leite integral (-13,33%), Banana (-3,87%), Carne bovina (-1,37%), Açúcar refinado (-1,15%) e Café em pó (-0,75%).
Os resultados dos últimos meses em Varginha confirmam a volta da inflação de alimentos em um patamar considerável na cidade. O valor da cesta básica neste mês de dezembro é o maior já registrado neste ano de 2022 e por consequência desde o início da pesquisa em 2018.
Nos relatórios deste mês destacamos em nossas previsões que no curto prazo os preços continuarão sendo muito influenciados pelos comportamentos da oferta, especialmente no que se refere às safras dos hortifrutigranjeiros que deve se intensificar em breve, e também pela dinâmica da demanda externa e da taxa de câmbio.