Já pensou ter seu diploma válido na União Europeia? Essa é a realidade de Thalisson Henrique Petrin Silva e Wesley Fernandes Camelo. Eles, que cursam Engenharia Mecânica no Centro Universitário do Sul de Minas, embarcaram no ano passado para Portugal para estudar no Instituto Politécnico do Porto (IPP). A experiência, além de agregar valor para a vida pessoal, garantiu aos dois estudantes a dupla titulação, ou seja, o diploma valerá tanto no Brasil quanto na União Europeia.
A ideia surgiu assim que o Grupo Unis assinou a parceria com o IPP. Os universitários, acompanhados pelo Coordenador do curso de Engenharia Mecânica, Prof. Me. Alexandre Lopes, fizeram todo o trâmite e foram aceitos pelo programa. “Ambos os alunos sempre foram muito comprometidos e envolvidos com o curso. Lá eles tiveram essa vivência relacionada tanto às indústrias quanto à formação. Inicialmente o grande desafio era estar fora do país, enfrentando novas situações sozinhos, porém a maneira de aprender e todo o contexto que envolve a educação estrangeira, também surgiu como um obstáculo a ser analisado e absorvido. Os alunos representaram muito bem o curso, concluindo com esmero todas as atividades e apresentações que realizaram”, comentou o Prof. Alexandre.
O aluno Wesley, comentou também sobre como foi para ele esse período vivendo no exterior. “Foi uma experiência ímpar, estar em outro país conhecendo pessoas novas e uma nova cultura não tem preço, me senti privilegiado pelo fato de poder viver um ano lá fora e imergir em outro habitat. A faculdade é fabulosa, reconhecida pela Europa toda e com excelentes profissionais, não tenho o que reclamar perante isso, nos acolheram muito bem. Portugal é um país muito bom, estando entre os três mais pacíficos do mundo com uma segurança incrível, saúde e infraestrutura muito bons onde todos pegam transporte público com muita eficiência. Gostei demais e com certeza se tiver a oportunidade mais uma vez volto para lá”.
O aluno Thalisson, que também afirma que esse ano em que esteve estudando no exterior, foi o mais importante de sua vida. “A experiência em estudar numa instituição no Exterior foi uma oportunidade ímpar. Agregou muito conhecimento, experiência acadêmica, profissional e pessoal, tornando uma conquista incrível para a minha vida. A diferença de cultura gerou uma grande dificuldade no início, seja na língua, na comida ou até mesmo nos costumes do dia-a-dia dos portugueses. Por conta disso e muito mais, é possível enxergar o quanto somos diferentes e ao mesmo tempo parecidos, onde todos estudam, trabalham, correm atrás dos seus sonhos e tem família. Ao longo do tempo agente se acostuma e passa a viver aquele jeito diferente de ser. Tive grande dificuldade em estar longe da família, longe da roupa lavada, da comida pronta, da casa arrumada, mas isso é a vida, tive que arriscar e deixar todas as comodidades de lado para alcançar o meu sonho, tudo dependia de mim, de um simples sim, ou um não, no dia da minha formatura aqui no Brasil, onde eu precisava arriscar a minha formação para poder, ou não, ir para Portugal. Como fui o pioneiro nessa parceria, muitas decisões difíceis tive que tomar. Tudo isso foi de grande valor pra mim, foi o ano mais importante da minha vida, não só pelas experiências acadêmicas e profissionais que alcancei, mas por tudo aquilo que vivenciei ao longo do ano”.
Wesley e Thalisson foram pioneiros nesse projeto, e abriram espaço para que outros alunos possam alcançar a dupla titulação, como é o caso do Liniker Lima de Araújo Corcetti, também aluno do curso de Engenharia Mecânica, que está agora em Portugal vivendo essa experiência.
“Quando soube lá atrás, em janeiro de 2017, que o Unis tinha liberado um edital para um programa de dupla titulação no Porto, soube instantaneamente que isso era uma coisa que eu gostaria de fazer. Sabia que isto acarretaria em uma série de experiências excitantes: acadêmicas; profissionais e; culturais, e que essa oportunidade poderia me abrir muitas portas no futuro, além da possibilidade de morar na Europa, que era uma vontade que tinha desde criança. Infelizmente, não fui bem-sucedido no processo seletivo do primeiro edital, mas uma segunda chance veio em novembro, e sabia que dessa vez eu conseguiria. E consegui. A partir disso eu soube que me transferiria para um lugar novo, que conviveria com pessoas que eu não conhecia, em uma cultura da qual tinha poucas referências e que teria que me adaptar. Mas soube também que ia tentar absorver o máximo de conhecimento que conseguisse. Primeiro o conhecimento acadêmico – com os novos professores -, pois foi ele que me trouxe até aqui. Também o conhecimento histórico de continente repleto dele, que pode acontecer com uma visita a um monumento, ou uma viagem a uma cidade próxima, ou até a um país vizinho. O conhecimento cultural, trocando experiências com pessoas de todos os pedaços do planeta. Mas o mais importante de todos, o conhecimento pessoal. Espero aprender mais sobre mim mesmo, sobre minha personalidade e sobre meus sentimentos. Sobre o que eu quero fazer depois dessa empreitada, para onde eu quero ir, ou ficar, ou voltar. Espero aprender sobre culturas, lugares e pessoas. Espero aprender sobre o amor das pessoas que eu deixei no Brasil. Espero aprender, sendo o mais feliz possível comigo mesmo… Espero viver”, concluiu Liniker.